“Todos os dias, uma cena se repete nas margens de rodovias gaúchas, mostrando um lado sonegado da história da colonização do Estado. Famílias de indígenas guarani mbya e kaingang vivem acampadas em pequenas faixas de terra na beira de estradas ou em pequenas porções de terras e matas em uma situação de extrema vulnerabilidade. No artigo “Demarcação das terras e os direitos dos povos indígenas”, publicado no Relatório Azul 2017 (da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa gaúcha), o professor João Mauricio Farias e Roberto Liebgott, coordenador do CIMI Sul, apresentam uma síntese sobre a realidade de 25 comunidades indígenas que estão vivendo em acampamentos ou áreas degradadas. Essas famílias convivem diariamente com a fome, falta de moradia, de saúde, educação, de terra para plantar e cultivar sua cultura, além de outros riscos como o da ameaça de atropelamento em rodovias de intenso movimento.”
Por Brasil de Fato