Cinquenta e três municípios brasileiros têm mais residências desocupadas do que ocupadas, segundo o Censo 2022. No total, o país tem mais de 5.500 cidades.

A maior parte dos 53 municípios está concentrada no litoral. Nelas, há uma população flutuante — na temporada, como períodos de férias e feriados, o número de pessoas chega a quadruplicar.

O IBGE contabilizou 18 milhões de residências não ocupadas no Brasil, 87% a mais que na comparação com o Censo 2010. O percentual é mais que o dobro da média geral de residências, que ficou em 34%. O instituto divide as residências vazias em dois tipos: as ocupadas ocasionalmente e as desocupadas de forma permanente. Para o Censo, um domicílio só entra na contagem oficial se efetivamente alguém mora no local. Caso não, mesmo que pessoas passem um tempo lá com frequência, o imóvel é considerado não ocupado.

A facilidade de alugar imóveis particulares em sites e aplicativos nos últimos anos pode ser um dos motivos para a alta no índice de domicílios vazios. Em 2022, os gastos de hóspede com reservas no Airbnb, por exemplo, foram de R$ 25 bilhões — 31% a mais que no ano anterior, segundo estudo da Oxford Economics, feito a pedido do aplicativo. Isso já equivale a 5,3% do faturamento do turismo, diz a empresa.

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