Centenas de pessoas do Quilombo Manzo Ngunzo Kaiango ocuparam, na manhã desta sexta-feira (24 de maio), um terreno localizado ao pé da serra do Curral, no bairro Fazendinha, na região Leste de Belo Horizonte. Reconhecido como patrimônio cultural imaterial da capital mineira, o quilombo foi o “responsável” pela suspensão da licença ambiental concedida pelo governo de Minas e que permitia à mineradora Tamisa, em 2022, atuar em área tombada do monumento natural.

O TEMPO conversou com Pedro da Maura, um dos membros da comunidade tradicional, que explicou que há cerca de um ano eles vinham promovendo um processo de retomada, que começou a partir do manejo da terra e do plantio de ervas na área junto à serra do Curral e da mata da Baleia. O espaço, segundo ele, era tradicionalmente ocupado pelos quilombolas, há algumas décadas, e, por isso, eles reivindicam o território como parte do processo de se estalelecerem como “guardiões da natureza” local.

“Fazemos isso guiados por pai Benedito, entidade guia do quilombo e que entende a necessidade da moradia, a necessidade de um espaço para que as pessoas consigam ampliar suas famílias e ter dignidade. Junto à questão da natureza, tentamos manter os processos da tradição, da ancestralidade do nosso quilombo, que carrega através da nossa matriarca, mãe Efigênia, neta de escravizados no quilombo em Ouro Preto”, explica.

Fonte: https://www.otempo.com.br/cidades/2024/5/24/quilombo-que-impediu-mineracao-da-tamisa-ocupa-terreno-na-serra-

Foto: retirada da reportagem.

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