A Região Central do Rio tem 75 imóveis públicos abandonados, aponta um relatório do BNDES. Vinte deles não têm nem certidão imobiliária, ou seja, não tem como saber quem são responsáveis por esses prédios.
Muitos desses espaços foram ocupados por pessoas em situação de rua e também ongs que prestam serviços voluntários.
Há mais de cinco anos 186 famílias – cerca de 500 pessoas – vivem em um prédio que pertence ao INSS.
“Nós não tem como morar pra longe, fora do Centro. Nós não temos como pagar uma passagem pra aqui, trabalhamos de camelô, então, aqui no Centro tem meios de conseguir se viver e lá pra cima não tem”, diz a ambulante Jurama Ferreira, que mora no local.
“A gente está passando por uma situação muito precária. Falta água, às vezes falta luz. Não temos condições de moradia digna. E a gente só precisa disso: moradia digna pras famílias e prá nós que moramos aqui dentro”, diz Bombom, uma das lideranças da ocupação.
No ano passado o ministro das Cidades, Jader Filho, anunciou no RJ2 uma nova fase do programa “Minha casa, minha vida” na Região Central . A ideia era reformar prédios públicos sem uso e transformar em moradia .
Foto: Jaqueline Deister/Brasil de Fato.