Neste domingo (13), veículos estrangeiros noticiaram a mobilização de cerca de 22 mil espanhois nas ruas de Madri, num protesto contra a crescente gentrificação urbana e mercantilização dos modos de vida da população.

A expansão dos mercados imobiliários, a gentrificação e o tratamento da habitação como ativo foram os principais motivos da manifestação, cujo chamado de ordem foi “Moradia é um direito, não negócio”.

A mobilização foi convocada por um coletivo de 40 bairros da cidade de Madri e partiu de Atocha, no centro da cidade, em direção a Paseo del Prado, avenida que se estende da Plaza de Cibeles à Estação de Atocha, de acordo com a Euronews.

Os protestos pediam, ainda, a demissão da ministra da Habitação do país, Isabel Rodríguez, acusada de ser responsável pela aceleração da crise imobiliária e por negligenciar suas funções ao se opor à Lei da Habitação e demonstrar simpatia à classe de proprietários de imóveis.

A Lei do Direito à Moradia, de 2023, foi parte do Plano de Recuperação, Transformação e Resiliência da Comissão Europeia. A legislação seria responsável por impor limites aos preços dos alugueis na Espanha, além de reduzir o conceito de “grandes proprietários” para pessoas que disponham de até cinco imóveis (antes, o mínimo eram 10). A construção de moradias sociais também estava prevista na legislação.

No entanto, de acordo com a AFP, os alugueis na Espanha continuam a aumentar: foram registrados 10,2% de aumento até o terceiro trimestre deste ano em relação a 2023, e cidades maiores, como Madri, chegaram a atingir 15% de crescimento nos preços.

Fonte: https://revistaforum.com.br/global/2024/10/14/juventude-de-madri-vai-s-ruas-para-exigir-moradia-acessivel-167392.html
Foto: retirada da reportagem.

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