Embora a moradia seja um dos direitos humanos fundamentais reconhecidos pela Constituição, o Rio sofre graves problemas nesse setor. Cerca de 25% de seus moradores vivem nas favelas, segundo dados de algumas ONGs. Os pobres estão cada vez mais excluídos do centro urbano. Como resultado dos colossais eventos que sediou —a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016—, o Rio viveu um profundo processo de transformação. A ele se somou o fenômeno da elitização, que agravou a marginalização dos pobres. Áreas centrais com maior percentual de população com baixa renda, como a zona portuária, foram revitalizadas. Os pobres tiveram que ir embora de vários bairros da cidade para deixar lugar para os luxuosos edifícios de classe média. Muitos foram expressamente desalojados, enquanto outros não conseguiram resistir ao aumento dos preços dos imóveis e aluguéis, e para muitos o destino foram as favelas. Os gráficos do índice FIPE-Zap, referência para medir o setor imobiliário brasileiro, mostram isso.

Por El País

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