“O primeiro banho de Gabriel fora do hospital, com sete dias de vida, foi na lanchonete da rua. Iriana tinha guardado lá uma banheira de plástico que ganhou e conseguiu ferver um pouco de água. Ali mesmo, ela rasgou a embalagem da roupinha que o bebê usaria na alta da maternidade e vestiu o filho. Voltou para a calçada e ficou apresentando Gabriel aos seus conhecidos. “Olha, nasceu seu filho, que benção!”; “É o menino que estava na tua barriga? Nasceu quando?”; “Que bonitinho, como ele chama?”; “Jesus tem um plano na vida de vocês”, falavam as pessoas”.

“Sem estar grávida, a rede de assistência social da capital pernambucana não tem muito a oferecer para a população que faz da rua moradia. Não tem restaurantes para alimentação popular ou gratuita, nem tem acolhimentos noturnos para dormir. Existem duas unidades do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP) com atendimentos durante o dia, além do serviço especial de abordagem e o Consultório na Rua, que fez o pré-natal de Iriana”.

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