“O proprietário, temendo que o estudo do tombamento fosse acolhido pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp), o que efetivamente ocorreu no dia seguinte à demolição, a segunda-feira, 2/9, correu para impedir, na prática, as restrições decorrentes da abertura do processo”.

“Com a comoção gerada pela atitude do proprietário, e graças a um embargo administrativo da subprefeitura da Mooca “por falta de tapume”, a demolição foi interrompida e os sobrados restantes deverão ser preservados até a realização de um estudo pelo Departamento de Patrimônio Histórico (DPH). Este estudo inclui, além da Vila João Migliari, outros dois conjuntos semelhantes e de propriedade da mesma família, localizados no Belém (também zona leste) e Pari (região central)”.

“Para além dos elementos éticos e legais envolvidos nesta história, é preciso reconhecer que o tombamento procura enfrentar um desafio que está muito além de suas possibilidades e capacidades. E revela que os instrumentos atuais de planejamento urbano utilizados pela cidade, particularmente planos diretores e leis de zoneamento, apresentam apenas duas possibilidades de mudança do espaço existente: transformar tudo em prédios altos nos eixos de estruturação urbana, ou em prédios de até oito andares nas demais áreas da cidade”.

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