O Minhocão é um dos pontos mais famosos de São Paulo. Uma via elevada que serpenteia o centro da cidade, desenhando um caminho entre prédios populosos. Abaixo da via elevada, cada vez mais famílias sem-teto erguem suas tendas, expulsas das suas casas pelo aumento dos aluguéis.
As autoridades de São Paulo estimam que cerca de 34 mil pessoas estejam dormindo nas ruas em 2023, enquanto números da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) estimam em cerca de 50 mil.
Este ano a cidade apresentou uma nova solução temporária: a microcasa.
A primeira vila de microcasas foi construída próxima às margens do Rio Tietê, no bairro do Canindé, na zona norte da capital Paulista. Lar de uma das primeiras favelas de São Paulo, hoje o local abriga cerca de 20 famílias, cada uma morando em uma caixinha que parece um contêiner e mede 18 m².
Raquel Rolnik, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo diz que as microcasas não são a solução perfeita. “Há muitas críticas ao formato, à concentração de casinhas agrupadas no mesmo local, formando guetos”, explica.
Ela critica a falta de planejamento urbano e pensa que poderia ser feito um melhor uso das habitações já existentes — muitas vezes abandonadas —, para torná-las também habitáveis.
O Brasil é um país famoso por sua desigualdade e imensas favelas. Mas mesmo nelas — grandes áreas de habitações improvisadas construídas frequentemente por posseiros — tornaram-se inacessíveis para muitos.
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Foto: retirada da matéria