A Vila Reencontro, programa de moradias transitórias para famílias em situação de rua em São Paulo, vem sendo alvo de ataques, protestos e desinformação nas últimas semanas. É o que afirmou à coluna Carlos Bezerra Júnior, secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social. “Todo mundo quer tirar as pessoas da rua, desde que não morem perto de sua casa”, lamentou.
Por exemplo, o canteiro de obras de uma unidade em Itaquera, zona leste da capital, foi pichado com termos como “Fora albergue” e “Cracolândia aqui não”. Materiais de construção foram quebrados, ferramentas roubadas e tapumes arrancados.
Enquanto isso, no Jabaquara, na zona sul, moradores bloquearam a avenida Engenheiro Armando de Arruda Pereira para protestar contra a implementação de uma unidade na região. Temem, segundo eles, que o local se torne uma “nova cracolândia” com a chegada das famílias.
“Quando desenhamos a política pública, sabíamos que entre os fatores de dificuldade estavam entraves burocráticos, questões políticas locais, problemas para encontrar terrenos, mas nunca imaginamos que o maior obstáculo seria o preconceito”, afirma Bezerra.
A questão aqui não é se este é um bom ou um mau programa, mas os argumentos que vêm sendo usado por alguns grupos para critica-lo.
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Foto: retirada da reportagem.