O que dizer da iniciativa do vereador Rubinho Nunes (União-SP), um dos fundadores do MBL, de declarar guerra ao trabalho do padre Julio Lancellotti, que todos os dias levanta da cama para confortar quem tem fome, frio, sede e carece de um lar? O que dizer da câmara municipal que avaliza essa insanidade? O que dizer das pessoas que dão os ombros para os ataques sofridos pelo padre Julio, boa parte deles movida por filiados ao MBL, esse clube de garotos mimados fazendo cosplay de político a serviço da extrema-direita no Brasil e alinhado aos métodos – e ao trabalho pela reeleição – do atual prefeito de São Paulo?

Uma cidade que declara guerra a quem acolhe os vulneráveis não é uma cidade, é um dos círculos do inferno. Um inferno que cria pessoas em situação de rua através da falta de políticas sociais, de oportunidade e da privatização de todas as coisas para em seguida culpá-los pela situação em que vivem e tratá-los como corpos matáveis, descartáveis, pisáveis.

Fonte: https://www.uol.com.br/esporte/newsletters/novos-posts/milly-lacombe/2024/01/03/a-cidade-que-declarou-guerra-a-quem-luta-contra-a-fome-e-a-falta-de-moradia.htm

Foto: Folha de São Paulo

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