Quando uma determinada área da cidade tem a sua estrutura social alterada através de um processo de enobrecimento, a isso se dá o nome de gentrificação. Estamos falando de um conceito intimamente relacionado com o capitalismo e a especulação imobiliária, com distintos efeitos para o município, sua população e o meio ambiente.

O que é a gentrificação?

Há muitos processos de gentrificação diferentes, com características particulares a cada um. Mas o uso mais comum da palavra está ligado à transformação da estrutura social de um lugar, através da qual uma região da cidade que costumava ser mais popular passa a ser habitada ou usada por uma classe social mais alta.

A origem do termo remete a 1964, quando a socióloga britânica Ruth Glass usou a versão em inglês, “gentrification”, para tratar da transformação de bairros operários do centro de Londres, que estavam sendo ocupados e transformados por moradores de renda mais altas e, consequentemente, expulsando os mais pobres.

Já no século 20, a transformação dos bairros marcada por essa influência cultural ganhou outra dimensão. “Posteriormente, o termo foi atualizado pelo geógrafo Neil Smith, mostrando que aquela gentrificação ‘espontânea’, relatada por Ruth Glass, estava então se tornando uma estratégia de transformação urbana pelos governos”, explica a arquiteta e urbanista Simone Gatti, doutora em Planejamento Urbano pela FAU USP.

Essas estratégias tomadas pelos governos passaram a ocorrer através das chamadas “revitalizações urbanas” – ou seja, intervenções urbanas destinadas a uma classe social mais alta, inacessível para as camadas populares.

Fonte: https://revistacasaejardim.globo.com/urbanismo/noticia/2024/02/gentrificacao-o-que-e-e-qual-o-seu-efeito-para-a-cidade.ghtml

Foto: retirada da reportagem.

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