O aumento do número de pessoas sem-teto em vários países — como Chile, Espanha, Estados Unidos — é a ponta do iceberg daquilo que o relator especial da ONU sobre o direito à moradia adequada descreve como uma “imensa crise” de escala global.

“Enquanto falamos sobre inteligência artificial, colônias em Marte e outras ideias inalcançáveis, esquecemos que grande parte da humanidade não tem acesso a coisas básicas como moradia”, diz Balakrishnan Rajagopal em entrevista à BBC News Mundo, serviço de notícias em espanhol da BBC.

Temos crise de moradia a preços acessíveis, de desalojamento forçado, de criminalização das populações sem-teto, e também temos uma crise no fornecimento de moradias adequadas para os desabrigados pelas mudanças climáticas.

Quando as plataformas entram num mercado com escassez de moradia a preços acessíveis, retiram muitas moradias do mercado imobiliário e as destinam ao aluguel de curta temporada. Isso aumenta a crise existente. E as pessoas concluem erroneamente que as plataformas são o motivo da crise.

Mas em nove de cada dez casos, a crise da moradia acessível se deve a problemas estruturais.

Uma delas é a falta de controle sobre o preço do terreno, que é a parte mais cara da construção de uma casa. Se o governo não controlar os preços dos terrenos, não vai poder garantir moradias a preços acessíveis.

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c0rw77k0re2o

Foto: retirada da reportagem.

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