Durante anos, a falta de moradia esteve no centro do debate político europeu, agravada principalmente nos últimos meses em países como Espanha, Portugal e Grécia, entre outros.

De acordo com dados de organizações sindicais espanholas, as perspectivas são sombrias: no continente europeu há 11 milhões de casas vazias, 29 milhões de imóveis literalmente inabitáveis e 1,3 milhão de pessoas sem teto.

A UE estima que quase 6% dos habitantes de Portugal não conseguiram pagar regularmente os aluguéis nos últimos 12 meses. Esse percentual chega a 9% na Espanha e explode com 17,7% na Grécia; 16,7% na França e mais de 10% na Holanda. Nos países da UE, o número médio de pessoas com problemas para pagar o aluguel nos últimos meses é de 6,3%. É uma situação que afeta essencialmente jovens e pessoas com baixos salários.

Numa conferência do Comité Econômico e Social Europeu (CESE) realizada em Bruxelas em abril passado, essa organização já tinha alertado para o agravamento preocupante da crise da habitação e dos seus efeitos secundários. “Cada vez mais os europeus estão preocupados com a impossibilidade de encontrar moradia digna e a preços acessíveis”, afirmou o CESE. Os riscos resultantes são expressos em moradias precárias, pressão financeira e insegurança habitacional, e até mesmo a ameaça de perdê-la. De acordo com o CESE, a habitação a preços inacessíveis pode afetar a saúde e o bem-estar das pessoas, conduzir à desigualdade nas condições de vida e causar custos de saúde mais elevados, menor produtividade e mais danos ambientais.

Fonte: https://outraspalavras.net/cidadesemtranse/habitacao-um-pesadelo-europeu/

Foto: retirada da reportagem.

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