“Desde pelo menos os anos 1970, especialmente a partir do lançamento do livro São Paulo 1975 – crescimento e pobreza, estudos apontam as diferenças radicais de qualidade de vida que separam pedaços da cidade. Acostumamo-nos ao contraste entre áreas urbanizadas e a precariedade das periferias, favelas e áreas que não contam com equipamentos, urbanidades, infraestruturas – transporte, rede de água e esgoto, creche e escolas, equipamentos de saúde, esportivos e culturais, pavimentação e eletrificação. Estes estudos foram fundamentais para pautar políticas públicas, pensando na redução dessas desigualdades”.
“É nesta direção, e com este sentido, que um Mapa da Desigualdade tem sido elaborado e divulgado anualmente desde 2012 pela Rede Nossa São Paulo. Os dados mais recentes, relativos ao ano de 2018 foram divulgados recentemente. A edição, que analisa 53 indicadores produzidos a partir de dados do setor público nos 96 distritos da capital, trabalha também com um desigualtômetro, que aponta a distância entre o menor e o maior valor de cada indicador”.
“Não há dúvidas que leituras comparativas dos indicadores de bairros centrais em relação à periferias continuam apontando para carências, como por exemplo de empregos formais. Ou para diferenças gritantes como é o caso da idade média ao morrer, que em Moema é de 80 anos, enquanto de Cidade Tiradentes é 57. Mas como interpretar, por exemplo, os indicadores de mortes no trânsito, de poluição atmosférica, de incidência de doenças respiratórias ou atropelamentos, todos com valores muito mais altos nos chamados distritos centrais”?
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