Censo do IBGE apontou que o Estado tem 277,9 mil imóveis vagos ou de uso ocasional, enquanto faltam 128,3 mil moradias dignas para atender a população carente de AL.
“O maior sonho de um ser humano é ter a casa própria. Eu quero chegar na minha casa e poder dizer que ela é minha. Na casa de acolhimento é bom, mas você não dorme, não relaxa como relaxaria se estivesse na sua casa”.
A descrição do sonho em tom de lamento é de Alexandre de Oliveira, um dos milhares de alagoanos que não têm uma moradia digna. Sem poder pagar aluguel, ele chegou a morar na rua por um tempo e hoje vive em um abrigo público de Maceió.
Segundo estudo mais recente da Fundação João Pinheiro (FJP), seriam necessárias 128.346 moradias para atender quem vive atualmente em habitações construídas com materiais não duráveis ou improvisados, em risco, com número excessivo de pessoas em um pequeno espaço ou que não foram construídas para serem habitadas por uma família.
Enquanto milhares de famílias vivem sob essas condições degradantes, o estado tem 277.939 domicílios não ocupados, segundo o Censo 2022 divulgado pelo IBGE na última semana. Esse total é a soma entre o número de domicílios vagos (183.610) e o de uso ocasional (94.329), que são aqueles usados para descanso de fins de semana, férias ou outra finalidade temporária.
“O Estado falha quando ele não olha para esse problema e quando não apresenta soluções. O Estado precisa apresentar políticas habitacionais que possam enfrentar isso, não significa dar a casa para essas pessoas, mas ter programas de acesso dentro das condições dessas pessoas de adquirir”, avalia a cientista política Luciana Santana.
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