Sem diálogo, estatal seguem descumprindo acordos e contribuindo com o agravo do déficit de moradias na capital mineira

A falta de disposição da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) para dialogar sobre as negociações que vão tratar das desapropriações e encontrar uma solução que contemple o direito de moradia das doze comunidades que vivem ao longo da linha de transmissão de energia pautou a fala dos participantes da audiência pública da Comissão de Direitos Humanos, Igualdade Racial e Defesa do Consumidor, realizada nesta terça-feira (11/7). A ausência de representantes da Cemig, o descumprimento por parte da estatal de acordos firmados em mesa de diálogo e a notificação individual de moradores seguida da demolição das casas foram denunciados pelos participantes. O papel do Município tanto nas negociações quanto no acolhimento das demandas e no encaminhamento das famílias e a ausência do secretário municipal de Obras e Infraestrutura também foram questionados. Autor do requerimento, Pedro Patrus (PT) se comprometeu, entre outras coisas, a solicitar que o Ministério Público notifique a Cemig para que nenhuma moradia seja demolida até que haja uma solução para o problema. “Essas pessoas estão sofrendo violações de direitos humanos”, disse. Wesley Moreira (PP) questionou o tratamento dispensado aos moradores e a forma como a Cemig tem tratado a questão.  Iza Lourença (Psol) destacou que as antenas prejudicam a população que está na periferia e que, nos bairros de classe média e alta, as linhas de transmissão são subterrâneas.

Pedro Patrus destacou que trata-se de uma negociação difícil na qual cada região precisa de um olhar diferenciado e uma solução adequada. “Daí a importância da participação da Prefeitura nesta mesa, ajudando a resolver um problema que se arrasta há décadas. O parlamentar falou ainda que a ausência de representante da Cemig é uma clara demonstração de que a companhia não quer dialogar. Ele aprovou o senso de unidade das comunidades que lutam pelo interesse comum e exortou a continuidade da união. Iza Lourença (Psol) afirmou que, durante uma visita técnica na Vila Alto das Antenas, foi informada de que a Cemig entrou na Justiça para paralisar uma obra da Prefeitura. A vereadora destacou que existe uma deficiência habitacional na cidade e lembrou o direito à moradia.

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foto: retirada da matéria

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