“Nosso país governado por corruptos vive uma luta de classes disfarçada, onde o poder econômico sufoca os mais pobres e privilegia os detentores do capital. O déficit habitacional é um triste fato que demonstra a inversão de valores e a desproporcional e criminosa concentração de rendas. 33 milhões de brasileiros não têm onde morar, segundo relatório do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos. A falta de moradia aumenta o número de invasões e a população favelada (mais de 12 milhões de seres). Toda ocupação é resultado de um duplo abandono: o das famílias, que não têm assegurado o seu direito à moradia, e o dos edifícios ou terrenos que não cumprem sua função social. Levantamento feito pela Fundação João Pinheiro — referência nacional sobre o tema — do governo de Minas Gerais, mostra que são mais de sete milhões os imóveis abandonados (79% localizados em áreas urbanas e 21% em áreas rurais), enquanto 6,35 milhões de famílias precisam de uma residência. “Temos mais casa sem gente do que gente sem casa”, afirma Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto. São Paulo é o estado recordista neste descalabro, seguido por Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro e Maranhão. A luta por moradia é necessária e legítima.”

Por GGN.

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