““AQUI, A GENTE TEM DE GRITAR, GRITAR, GRITAR PARA TENTAR SER OUVIDO, mas o governo sempre finge que não vê. Para virem tirar lixo da comunidade, precisamos queimar pneu, bater panela”. O protesto é de Cleide Faria Santos, líder da comunidade Porto de Areia, em Carapicuíba, SP. De acordo com dados do censo do IBGE de 2010, assim como Cleide, cerca de 11 milhões de pessoas no Brasil vivem em núcleos de povoamento informais, e também custam a ser notadas pela sociedade e instituições governamentais. “Os aglomerados subnormais, como são nomeados, geralmente sofrem com falta de serviços básicos: água, luz e saneamento, além da própria moradia em si”, informa Nina Scheliga, diretora executiva da Teto, organização latino-americana sem fins lucrativos que direciona suas atividades para aliviar essa realidade”.

“A face mais conhecida de seu trabalho é a construção de residências emergenciais pelo país (a ONG está em cinco estados: BA, MG, RJ, SP e PR) – mais de 3.800 unidades já foram erguidas. A entidade, porém, ainda se empenha no desenvolvimento das coletividades como um todo, capacitando habitantes para que se organizem e transformem seu espaço. “A moradia é o aspecto mínimo para a sobrevivência humana, mas é importante cuidar do entorno e tornar a comunidade participativa, agente das mudanças que ela deseja”, resume Nina”.

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