“Uma das críticas mais relevantes ao programa Minha Casa, Minha Vida, da Rede Cidade e Moradia, nota que as casas construídas pelo programa “reproduzem um padrão de cidade segregada e sem urbanidade, pois são mal servidas por transporte, infraestrutura ou ofertas de serviços urbanos adequados ao desenvolvimento econômico e humano”, justamente pelo seu caráter isolado e padronizado. Ou seja: de quê adianta uma solução econômica para uma casa que está isolada de tudo que podemos chamar de cidade”?

“É claro que, analisando unicamente critérios de bem estar, sem levar em consideração a proximidade à atividades, muitos de nós preferiríamos morar em uma casa, realizando o sonho de ter um jardim — talvez com uma piscina e um cachorro — e sem vizinhos de cima fazendo barulho à noite. No entanto, a maioria dos moradores de cidades (que atualmente corresponde a quase 90% da população brasileira) abrem mão dessa preferência para morar em áreas mais centrais, próximo de empregos e serviços. Podemos visualizar isso de forma mais clara ao imaginarmos uma flexibilização das restrições construtivas em regiões centrais, permitindo uma ocupação mais intensa do solo. Neste cenário, é fácil supor o surgimento de edifícios ainda maiores, aumentando a disponibilidade de moradia e abrigando uma grande parcela da população que hoje mora em casas nas periferias mas que, na realidade, preferiria se aproximar à região central mesmo que isso significasse se mudar para um apartamento”.

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