“Amparados pelas teorias de Ricardo Sanín-Restrepo e Pierre Bourdieu, elaboramos a plataforma Leitura do lugar a partir de argumentos e resultados de pesquisas que têm os seguintes pressupostos: (i) a dominação se dá onde o poder é exercido por aquele que captura a linguagem dos que produzem diferença e impõe esquemas qualificados e codificados (portanto, encriptados) de unidade e de identidade da linguagem; (ii) a violência simbólica opera essencialmente na e pela linguagem, como origem e manutenção de exclusão”.

“Inferimos, que o diagnóstico urbano é mecanismo de encriptação da linguagem, em que moradores da cidade são ocultados por meio de práticas legitimadas e consolidadas por especialistas (Estado, entidades, universidades, instituições intergovernamentais, etc.), que não incorporam olhares, vivências e percepções daqueles que moram e ocupam os territórios. A prática operada pelo uso da linguagem, atrelada aos significados das palavras e ao modo como os outros agem de acordo com o uso das palavras e as relações de poder, constitui-se em jogo de linguagem. A plataforma Leitura do lugar, assim, propõe representar outra abordagem teórico-metodológica sobre o território onde o olhar técnico-institucional é deslocado, subvertendo o jogo de linguagem vigente do diagnóstico urbano”.

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