O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é formado por depósitos realizados mensalmente pelos empregadores.

O valor depositado muda de acordo com o regime de trabalho podendo variar de 2%, para os trabalhadores temporários, até 8%, trabalhadores com carteira assinada e empregados domésticos.

Geralmente, as pessoas só consultam o extrato em momentos específicos; casos de demissão, financiamento imobiliário ou campanhas realizadas pelo governo federal.

Contudo, o dinheiro depositado não fica parado na conta dos trabalhadores. Ele é direcionado para o FI-FGTS, um fundo de investimentos administrado pela Caixa Econômica Federal respeitando as liberações do Conselho Curador.

A aplicação desses recursos é utilizada pelo governo federal para financiar programas de habitação e obras de saneamento e infraestrutura.

Moradia popular

Dados do site do FGTS mostram que o ritmo de execução de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para habitação social desacelerou no ano passado.

Em 2021, o orçamento ajustado do fundo para o setor somava R$ 59,2 bilhões, sendo que R$ 52,9 bilhões foram repassados aos agentes financeiros, ou seja, R$ 6,3 bilhões nem sequer foram demandados pelos bancos.

O orçamento realizado pelos agentes financeiros foi de R$ 49,177 bilhões no ano passado – valor mais baixo desde 2017. Para 2022, o Conselho Curador do FGTS aprovou um orçamento de R$ 62,9 bilhões para habitação popular.

Em entrevista ao Valor, o secretário-executivo do FGTS, Márcio Leão Coelho, afirmou que o conselho curador vai solicitar à Caixa Econômica Federal, agente operador do fundo, explicações sobre a redução da execução dos recursos, especialmente, no fim do ano passado.

Na avaliação do secretário, a economia mais fraca pode ser uma justificativa, diante de um cenário de inflação e juros mais altos e temor do desemprego. Porém, conforme Leão Coelho, é preciso saber se existe algum gargalo adicional.

“Espero que com a retomada da economia possamos melhorar a execução dos recursos. O Conselho Curador do FGTS tem discutido isso e vamos solicitar as informações sobre os motivos da redução da execução dos projetos com recursos do fundo. Precisamos saber se há algum gargalo.”

Leia a matéria completa em Contábeis.

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