No centro de São Paulo, o que era o luxuoso hotel Lord Palace foi transformado em moradia popular. Abrindo as portas em 1958, o hotel contava com a presença de artistas e nomes de destaque do entretenimento nacional, no entanto, entanto, entrou em declínio nos anos 2000, até fechar as portas e ser ocupado no ano de 2010.

Na época, a justiça optou pela reintegração de posse, contudo, após negociações com a prefeitura de SP, o edifício acabou convertido em habitação popular. Além do ‘chamamento público’, ou seja, “procedimento feito pela administração pública para executar atividades ou projetos que tenham interesse público”, segundo o site do Governo de São Paulo, a Frente de Luta por Moradia também teve o direito de investir o total de R$ 22 milhões de financiamento ao reformar o antigo hotel.

Ao lado do antigo hotel, outra unidade fora erguida com a capacidade para abrigar mais 30 apartamentos. No total, são 176 apartamentos visando a moradia popular.

“Isso aqui, há nove anos, estava abandonado, só tinha ratos e baratas, muito mofo. Morei aqui quatro anos e sete meses, até desocuparmos para poder reformar para nós morarmos, dez anos de luta. Estou aqui desde o primeiro dia”, dia”, disse em entrevista ao G1 Adriana Fester, uma das primeiras pessoas a viverem no edifício, no momento em que se tratava de uma ocupação.

No muro do edifício, as pessoas notam uma homenagem para a cantora Elza Soares: um grande mural colorido que retrata a grande artista, falecida em 2022, com uma chave em suas mãos. Ao lado, a frase: “Nenhuma mulher sem casa”. Mas o que motivou a homenagem para a cantora na moradia popular?

Bom, conforme repercutido pelo G1, em 11 de setembro de 1964, Elza, ao lado de Garrincha, seu marido, não tiveram autorização para se hospedar no antigo hotel de luxo. O motivo? Racismo. Na época, o episódio foi repercutido pela ‘Revista do Rádio’. “Entendiam Elza Soares e Garrincha que o porteiro estava lhes recusando aposentos somente por preconceito de cor”, explicava a reportagem do veículo impresso do Rio de Janeiro.

Leia a matéria completa em: Aventuras na História – uol

Foto: Reprodução/Instagram/Pri Barbosa

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *