As demandas da população em situação de rua de Belo Horizonte são as principais bandeiras encampadas pela edição de 2023 do tradicional “Grito dos Excluídos”, nesta quinta-feira (7). Sob o lema “Você tem fome e sede de quê?”, o ato reuniu centenas de manifestantes na Praça do Centenário, no Bairro Lagoinha, na Região Noroeste da cidade.

A atividade contou com a participação de entidades ligadas à Igreja Católica, movimentos sociais, sindicais e estudantis.

Presente ao “Grito dos Excluídos”, o coordenador do Movimento Nacional da População em Situação de Rua em Minas Gerais, Samuel Rodrigues disse que a pandemia ajudou a aumentar o número de pessoas em situação de rua.

“Produzimos um documento e, nele, estamos dizendo que, enquanto tiver gente morando na rua, esta pátria não será independente. Não é justo. Não podemos permitir isso”, afirmou.

Ao listar os problemas enfrentados pelos sem-teto, Rodrigues fez menção à dificuldade no acesso a fontes potáveis de água.

“Você está no Centro da cidade, mas não tem direito à água. Onde a água é mais canalizada e tratada, a essa população o direito à água é negado. Ela (a população de rua) não tem banheiro público, espaço para cuidado com seus pertences e animais e não tem água potável para consumo, uma questão humana”, protestou.

Segundo a deputada federal Duda Salabert (PDT-MG), que engrossou a passeata, o poder público tem caminhos necessários para atenuar os problemas de moradia.

Em Belo Horizonte, para cada pessoa em situação de rua, há 20 imóveis vazios ou abandonados. O que falta, de fato, é coragem do poder Executivo para colocar em prática o que é garantido por lei, que é o IPTU progressivo e a transformação desses espaços vazios em moradias populares no Centro”, reivindicou.

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Foto: retirada da matéria

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