Na tarde desta segunda-feira (8), um ato simbólico marcou um mês da morte de Maria da Conceição Tavares e da ocupação que leva o nome da economista. Mais de cem pessoas estão há trinta dias morando na ocupação, organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) no antigo prédio do INSS no centro de Porto Alegre. Os moradores, que foram atingidos pela enchente de maio, ocupam somente até o quarto andar do prédio que tem 26 pavimentos. O MTST já encaminhou um projeto para que o edifício se torne local de moradia popular, e prevê a adequação de 240 apartamentos.
Cláudia Ávila, da coordenação nacional do MTST, afirma que está prevista para os próximos dias uma reunião convocada pelo ministro Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência) com os ministros da Previdência Social e das Cidades, com a Superintendência do Patrimônio da União e com o INSS. “Deve haver a confirmação nos próximos dias. Estamos bastante esperançosos com isso”, afirma a coordenadora do movimento.
A procuradoria do INSS encaminhou a reintegração de posse do edifício – à GZH, disse que o imóvel tem graves problemas elétricos e hidráulicos. No entanto, segundo Cláudia, há entendimento do Instituto sobre a necessidade de o prédio virar habitação popular. “Nós já estamos com os engenheiros fazendo laudo estrutural e tomando providências para mostrar que sim, é viável a moradia provisória das famílias que perderam as casas com a enchente e que estão morando no prédio. E não só neste momento provisório, como a possibilidade de, através de retrofit, esse prédio ficar adequado para moradia popular”, explica.
Foto: retirada da reportagem.