Em uma reunião que durou mais de 5 horas entre o governo de Minas Gerais e integrantes do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB-MG), ficou definido que as 200 famílias que ocuparam um prédio no bairro de Lourdes – área nobre de Belo Horizonte – nesta quarta-feira (28), vão ser cadastradas. Uma comissão do Ministério Público vai estudar propostas pra auxílio financeiro e reassentamento delas.

Com o resultado da reunião, o grupo, que chegou a acampar em frente ao Palácio da Liberdade para chamar atenção do poder público, deixou o local.

Um estudo da Fundação João Pinheiro mostra que Minas Gerais tem um déficit de quase 500 mil (496.484) moradias. Só na região metropolitana faltam 107.044 casas. Porém, o mesmo estudo diz que existem hoje 190 mil domicílios vagos na Grande BH.

Além das casas e apartamentos, há também edifícios comerciais vazios, com dificuldades de locação, que poderiam ser transformados em moradias de interesse social, segundo urbanistas. Na Avenida Santos Dumont, um prédio que já foi sede da antiga Junta Comercial está vazio há cinco anos.

De acordo com a Associação Arquitetos sem Fronteiras, passando por uma boa reestruturação, ele e outros dois edifícios comerciais abandonados na região têm potencial para abrigar 600 famílias, em apartamentos de 45 m².

O governo de Minas foi procurado mas não divulgou detalhes da política habitacional do estado e nem valores de investimentos no setor nos últimos anos. Informou apenas que criou o “Programa Gerais”, que acompanha e apoia 73 municípios com maior índice de vulnerabilidade para controle e execução de políticas habitacionais.

Veja a reportagem completa em: G1

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