O governo encolheu o orçamento do programa habitacional Casa Verde e Amarela de R$ 1,5 bilhão em agosto de 2020, quando foi criado, para R$ 27 milhões em 2021. A média de investimentos com programas habitacionais, especialmente o Minha Casa Minha Vida (MCMV), de 2009 a 2018, foi de R$ 11,3 bilhões ao ano. Para critérios de comparação, em 2021, o gasto do Casa Verde e Amarela não atingiu 10% destes valores até outubro.

Os dados são do o estudo Impactos Econômicos do corte do programa Casa Verde Amarela em 2021, realizado pelo Dieese em parceria com a Fundação Friedrich Ebert Stiftung Brasil, o sindicato global ICM – Internacional de Trabalhadores da Construção e da Madeira, além da Fetraconspar (trabalhadores na construção e mobiliário do Paraná) e da Contricom (confederação nacional do setor). Clique aqui para acessar a íntegra do relatório.

Utilizando matrizes insumo-produto, atualizadas para o ano de 2018 (último disponível), os pesquisadores constataram que o país, ao deixar de investir no segmento da construção R$ 11,3 bilhões, deixou também de criar 365.040 ocupações e de arrecadar R$ 2,8 bilhões em impostos, e impediu o crescimento do valor adicionado da economia brasileira em R$ 16,2 bilhões. Como se fosse pouco, ainda impediu o crescimento da massa salarial em R$ 5,7 bilhões de salários e R$ 1,2 bilhão de arrecadação da Previdência Social e do FGTS.

Haveria também a dinamização de outros setores, como fornecedores, comércio, serviços financeiros, de consultoria, entre outros. Efeitos não desprezíveis para uma economia em evidente deterioração, desde antes da pandemia e por ela exacerbada.

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