A União dos Movimentos de Moradia de São Paulo criticou nesta quinta-feira (24) as alternativas propostas pelo governo estadual para retirada das famílias da Favela do Moinho, localizada na zona central da capital paulista, por não atenderem as necessidades dos moradores. 

O governo pretende transformar o local em um parque e em uma estação Bom Retiro, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), conforme anunciado desde setembro do ano passado. Foram ofertados aos moradores, conforme comunicado do governo, financiamentos de imóveis de até R$ 250 mil, para endereços na zona central, e R$ 200 mil para unidades em demais pontos da cidade. 

A primeira delas é a carta de crédito associativa, que permite a aquisição de unidades habitacionais com trâmite legal ou com a construção concluída. A outra é a carta de crédito individual, em que os moradores poderão indicar um imóvel de interesse, que poderá ter a compra ou não aprovada pelo governo.

O advogado Benedito Roberto Barbosa, que representa a União dos Movimentos de Moradia de São Paulo e os moradores da favela, afirma que, apesar de as medidas aparentarem ser uma solução bem ordenada, não condizem com a realidade dos habitantes da favela, por não terem renda suficiente para saldar um financiamento imobiliário.

Além de haver reprovação quanto à localidade e ao tamanho dos imóveis ofertados, que seriam pequenos para acomodar as famílias, diz o advogado.

Foto: retirada da reportagem

Fonte: Agência Brasil

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