Mais de 35% das moradias produzidas pelo município são para abrigar famílias removidas pela própria política habitacional. Esse e outros dados sobre a realidade da condição habitacional da população da capital mineira fazem parte do Relatório Final do Grupo de Trabalho sobre Direito à Moradia da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor, da Câmara Municipal de Belo Horizonte. O documento, apresentado nesta segunda-feira, foi escrito pela vereadora Bella Gonçalves (PSOL), com o apoio de especialistas e assessores parlamentares e legislativos ao longo de mais de um ano de trabalho.

O relatório traz um panorama da situação enfrentada pela população em BH no que diz respeito a moradia, além de uma análise sobre as políticas habitacionais da capital mineira e da organização popular em torno da pauta na última década. Entre os dados apurados, destaca-se que há 78 mil famílias sem casa e, ao mesmo tempo, uma grande quantidade de imóveis vazios ou subutilizados com potencial para uso pela política habitacional do município.

São cerca de 17 mil lotes vagos, segundo o PPAG (Plano Plurianual de Ação Governamental) 2018-2021 e mais de 60 mil domicílios vagos levantados durante os Planos Regionais em 2012.

“A atuação dos movimentos organizados ao lado das ocupações urbanas ocupa um lugar de destaque no processo de produção habitacional na cidade”, afirma a pesquisadora e arquiteta urbanista que contribuiu com o relatório, Marina Sanders.

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