As famílias de Vila Esperança, em Vila Velha, que protestaram no Centro de Vitória na manhã desta quarta-feira (3), prometeram novas manifestações no entorno do Palácio Anchieta caso não haja um acordo com o poder público sobre a situação delas. Elas são contra a decisão da Justiça que determinou a desocupação da área em que vivem, situada entre os bairros Jabaeté e Normília da Cunha, na Grande Terra Vermelha, até a próxima semana.
A líder comunitária Adriana Paranhos afirmou que representantes das famílias de Vila Esperança se reuniram com o governador Renato Casagrande na segunda-feira (1º). “Ele falou que pode aumentar o plano para 650 famílias e aumentar o valor, mas até agora nada foi concluído. Estamos aqui pedindo socorro para arrumar um lugar para colocar essas famílias. Essas pessoas não podem ser jogadas na rua de qualquer maneira”, disem entrevista à TV Gazeta.
O plano citado trata-se do subsídio financeiro de R$ 2,2 mil, em parcela única, para 135 famílias identificadas como “em situação de desabrigo”, que, segundo a Prefeitura de Vila Velha, deve ser pago pela empresa proprietária do terreno.
Para a advogada Maria Elisa Quadros, que representa as famílias, o plano apresentado não garante a integridade dos moradores e desrespeita decisões recentes do STF. “Esse valor de R$ 2 mil é por família, não por pessoa. O governo federal já demonstrou disposição em destinar verbas para habitação, mas isso não avançou no Estado”, apontou.
Ela ainda destacou que levantamentos feitos pela prefeitura sobre os moradores estariam defasados e não seriam adequados para embasar as decisões judiciais em 2025.
Foto: retirada da reportagem.
Fonte: A Gazeta