Visitantes da 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, com entrada gratuita, podem conhecer uma casa em escala real do programa Morar Primeiro. A iniciativa é uma parceria entre o Fundo FICA, organização não governamental dedicada ao direito à moradia, e a Paróquia São Miguel Arcanjo, do padre Júlio Lancellotti, que participará de uma mesa de debate na Bienal em 3 de outubro.

Segundo a assessoria do Morar Primeiro, esta é a primeira vez que um programa habitacional voltado a pessoas em situação de rua, implementado no Brasil, é apresentado na Bienal. A iniciativa oferece moradia digna e serviços sociais a pessoas em extrema vulnerabilidade e já beneficia 60 participantes.0

A instalação do Morar Primeiro integra o eixo Justiça Climática e Habitação Social da Bienal, trazendo para o centro do debate o impacto da crise climática sobre quem mais sofre com ela: a população em situação de rua. O Fundo FICA atua na oferta de moradia acessível por meio da locação social em áreas centrais da cidade.

O projeto do Fundo FICA com a Paróquia São Miguel Arcanjo não prevê novas construções, mas a reforma e adaptação de moradias vazias ou subutilizadas, próximas das áreas onde viviam as famílias atendidas. A iniciativa inclui gestão predial, condominial e social, além de oferecer acompanhamento psicossocial contínuo e personalizado às famílias.

A Bienal deste ano tem como foco as alternativas para enfrentar a crise climática. O objetivo é destacar a necessidade de garantir habitação e cuidados à população que menos contribuiu para as mudanças do clima, mas é a mais impactada por seus efeitos. A Bienal é organizada pelo Instituto de Arquitetos do Brasil, departamento de São Paulo.

Foto: retirada da reportagem.

Fonte: Terra

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *