Assim como aconteceu na última reunião da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) HIS, os vereadores que compõem o colegiado voltaram a discutir nesta terça-feira (21/10) como funcionam as operações de crédito para financiamento de imóveis de interesse social. 

Para o encontro desta manhã, a CPI recebeu a diretora de crédito imobiliário e crédito com garantia de imóveis do Banco Itaú, Priscilla Dias Ciolli. Ela trouxe um resumo das operações de financiamento habitacional praticadas pela instituição.

De acordo com Priscilla, de 2021 a 2025, o banco financiou 667 empreendimentos – sendo que 107 tinham alguma unidade de habitação de interesse social ou habitação de mercado popular. Porém, das oito mil unidades disponíveis nessas modalidades, 1.105 foram compradas por investidores com objetivo de locação.

Integrante da comissão, a vereadora Silvia da Bancada Feminista (PSOL) afirmou que há uma evidente falha da política pública. Para ela, a revisão do Plano Diretor Estratégico, feita pela Câmara Municipal de São Paulo em 2023, abriu a possibilidade para que a compra de imóveis fosse efetuada por investidores, já que a modalidade de locação foi permitida.

“Como você deixa na legislação que unidades habitacionais que são construídas com incentivos da Prefeitura, voltadas para um público que precisa da moradia, sejam adquiridas por investidores que vão destinar para locar. E o mais escandaloso, é que não tem um limite. Pode ser um investidor bilionário que adquira 100 unidades habitacionais de HIS, de moradia popular”, disse Silvia. 

Para o vice-presidente da comissão, vereador Nabil Bonduki (PT), a habitação adquirida por investidores não está sendo alugada para um morador dentro da faixa de renda do programa de moradia popular. Bonduki citou exemplos para justificar o argumento.

Foto: retirada da reportagem.

Fonte: Câmara Municipal de São Paulo

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