Representantes de mais de mil organizações sociais de diversos países do mundo entregaram hoje (16), em Belém, uma carta de reivindicações à presidência da COP30, como atividade final da Cúpula dos Povos. No documento, os manifestantes pedem combate ao racismo ambiental, programas de moradia e saneamento básico integrados à natureza e permanência dos moradores das quebradas em seus bairros.
A expectativa é que o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, que recebeu a carta em mãos, negocie as demandas com autoridades nas reuniões à portas fechadas na Zona Azul, durante a última semana da Conferência das Nações Unidas.
A entrega foi feita durante um ato público na Universidade Federal do Pará (UFPA). Participaram também Ana Toni, CEO da COP30; Marina Silva, ministra do Meio Ambiente; Sonia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas; e Guilherme Boulos, agora ministro da Secretaria Geral da Presidência da República.
A carta traz 15 propostas principais para superar a crise climática, com um eixo especial para as periferias.Entre os destaques estão o “enfrentamento a falsas soluções do mercado” e “transição justa, soberana e popular”.
“Demandamos o combate ao racismo ambiental e a construção de cidades justas e periferias vivas através da implementação de políticas e soluções ambientais”, diz o texto. “Os programas de moradia, saneamento, acesso e uso da água, tratamento de resíduos sólidos, arborização, e acesso à terra e à regularização fundiária, devem considerar a integração com a natureza”.
Foto: retirada da reportagem.
Fonte: Agência Mural
